
Você tem problemas em envelhecer?
Eu levo um susto com a minha idade. Não me sinto com 56 anos. Acho assustador, impressionante ter 56 anos. Quando eu tinha 18 anos achava que essa era a idade de uma velha coroca. É horrível o corpo envelhecer, mas é preciso ter tempo de vida para aprender sobre você. Com o tempo você vai ficando menos físico e mais etéreo. Senão, acontece de você olhar para a mulher e não saber se ela tem 30, 40 ou 50. É uma onda esquisita.
Você lê livros de auto-ajuda?
Esse tipo "como ficar rico" eu não leio. Não gosto de técnica de auto-ajuda. Meu livro de cabeceira se chama "O Poder do Agora", ele é uma referência para mim e pode ser considerado um livro de auto-ajuda.
Pergunto isso porque você passa a imagem de uma pessoa calma em relação à vida, é verdade?
Acho engraçado eu passar essa imagem. Eu não me sinto calma, mas sou muito ligada em auto-conhecimento. Me pergunto "quem sou eu? para onde vou?" desde os sete anos. Já fiz todo tipo de terapias, essa é minha onda. Posso passar uma imagem bem-resolvida, mas não existe resolução, a vida é para ser vivida. Não tenho medo do futuro.
Mas em um dia de estréia, como hoje, você não fica nervosa pensando no que virá?
Não vou ficar o dia todo pensando nisso, nervosa. Deixo para a hora. Mas aí, claro, ficarei nervosa. Até Fernanda Montenegro fica nervosa em dia de estréia.
Você se inspirou no que viveu e presenciou amigas passarem para escrever as crônicas que inspiraram o livro e agora a peça. Já teve problema com alguma amiga que reconheceu sua história no livro?
Algumas amigas sabem porque eu conto, mas eu floreio, claro, é tudo camuflado. Mas nem tudo vem de amigas. Vi no Saia Justa, por exemplo, a história de uma mulher que resolve fazer fotos de nu artístico. Isso me inspirou e tem na peça uma história parecida.
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